MEDOS
Minha jornada como freelancer poderia ter acabado em junho de 2011, mas a vida não quis assim e agora estou novamente nesse rumo. Não é ruim, é bem bom às vezes, e às vezes não é. O que acontece é a falta de segurança. Hoje eu tenho dinheiro e amanhã? Não tenho coragem de comprar uma casa, por exemplo, nem um carro, nem nada que possa comprometer alguns anos de minha inconstante vida. Morro de medo de contas para pagar, tenho pagado tudo à vista, o que é claro, não são coisas grandes, são apenas mais livros... hehe. De qualquer maneira, tenho uma coisa que o trabalho interno não me permite: liberdade. Ok, dinheiro nenhum compra minhas tardes de segunda-feira, na qual, se eu tiver com sono, posso tirar um cochilo, mas também não me deixa segura para comprar minha chácara ou a desejada casa na praia.
Sabe, eu sou uma sonhadora e normalmente conquisto muito do que desejo, pois o que quero não fica só no “querer”, eu sempre dou um jeito de conseguir. Se não consigo, mudo de desejo. É fácil. Não sou superficial, sou trabalhadora, só que minha sorte sempre vem pela metade. Fazer o quê? O jeito é dançar na chuva mesmo, me ensopar e esperar o sol surgir de novo.
Mas o que eu preciso mesmo é parar de ter medo, de pensar mais no amanhã no que no hoje, se não, não vivo! Simples. E todos deviam fazer o mesmo. Às vezes acho que só eu tenho isso... será mesmo?
No entanto, ser freelancer pode até me dar mais do que um trabalho normal. Prefiro então pensar que sou a Julia Roberts, que ganha muito, trabalho pouco e vive anos só o tostão do mesmo filme. Hehe
Esperança né, meu fio? Precisamo tê.